O que é a felicidade? Será que é ter um carrão? Será que é ser rico e poderoso? Será que é poder se relacionar com quantas mulheres (ou homens) você puder desejar? Ser cercado de luxo por todos os lados? Poder consumir tudo aquilo que você desejar?
Sempre me perguntei isso, e acho que o momento é extremamente oportuno para que esses questionamentos sejam feitos, em prol de encontrarmos uma direção melhor para nossas vidas, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo.
Tenho a sensação nítida que estamos num momento de transição, como se fossemos uma cobra mudando de pele, uma borboleta se debatendo para sair do casulo…
Qual o caminho para felicidade? Dentro desse mundo consumista eu acho que ele simplesmente não existe… Ter bens, uma vida estável, e todos aqueles “sonhos” de comercial de TV, nunca vão nos dar uma satisfação plena, podem até nos dar momentos de alegria, satisfações passageiras, mas felicidade mesmo, isso é outro papo…
Um dos fatores que comprovam isso são as doenças, e na minha humilde opinião, muito baseado naquilo que procuro ler e observar, principalmente sobre formas alternativas de se viver e se alimentar , vejo que uma das nossas principais fontes de doença vem da educação que recebemos desde pequeno. Somos educados para alimentar nosso ego e nossa vaidade ao invés de aprender a amar, respeitar e ajudar o próximo. O mundo competitivo que vivemos desde sempre nos ensina que apenas os “melhores” tem valor, não dá a devida importância a quem precisa, e coloca demasiada importância para determinados segmentos da nossa sociedade, criando dentro de nós uma sensação de vazio tanto para quem não conseguiu chegar “lá” e também para a grande maioria dos que estão “lá”, basta ver a quantidade de pessoas de todas as classes que sofrem de depressão, câncer, entre outras doenças e síndromes cada vez mais comuns nos dias de hoje.
Fico impressionado com a quantidade de pessoas a se autoproclamar : “Sou independente!!” Falo isso por ter total consciência de que não existe ninguém independente em nossa sociedade, vivemos num regime de total interdependência, dependemos de pessoas que não conhecemos, se você é dono de uma grande empresa depende de empregados, precisamos de quem nos forneça comida, roupas, serviços, etc. Ou vocês conhecem alguém que produz tudo que come, veste, utiliza para trabalhar e viver? Pode até existir alguém assim, mas será uma rara exceção… Dependemos demais uns dos outros e a valorização do próximo é na minha opinião um primeiro passo na direção dessa tão buscada felicidade.
E como dar esse primeiro passo se estamos desgastados por um dia a dia cruel, em que a jornada de trabalho de 95% da população (para ser otimista) é ingrata, além de não remunerar nem perto do que deveria? E o sistema de saúde mundial, que gira em torno de drogas que não são feitas para curar e sim para dar muito, mas muito dinheiro para os laboratórios? Os alimentos que nos são fornecidos pelas “grandes” companhias visam apenas o lucro sem nenhuma preocupação com o que esses alimentos podem causar em quem os consomem por anos…
Difícil sair dessa “sinuca” né? Mas olhando por outro lado vemos movimentos contrários a tudo isso ocorrendo por todos os lados. A internet nos possibilita divulgar informações com uma velocidade incrível e sem a interferência das grandes mídias que sempre divulgaram tudo conforme seus próprios interesses. A agricultura orgânica avança, bem como as descobertas da medicina natural, formas de se criar energia limpa também são descobertas dia após dia, e a ciência se reaproximando da espiritualidade são alguns dos muitos sinais animadores que o nosso mundo apresenta de contra partida a tudo de ruim que é jogado sobre nossas cabeças pela velha e antiga mídia sempre interessada em nos manter reféns do medo (fica mais fácil de controlar).
Acho que a palavra união e cooperação serão fundamentais para que possamos mudar o patamar e a vibração de nossas vidas, e das pessoas ao nosso redor. Nosso pensamento e fé (não importa a religião) é um poder que ainda não nos foi ensinado como utilizá-lo em nosso próprio benefício, mas nos treinando diariamente a ser mais positivo e combatendo os maus pensamentos e sentimentos, avaçaremos aos poucos. Não podemos mais viver uns contra os outros, isso só funciona para muito poucos. Se quisermos viver melhor, tem que começar uma nova era de pensamento, mais humano e menos material, entender que existe algo muito maior que nós e descobrir o caminho para se harmonizar com essa “força” regente do nosso universo e que está acima de nós, e não necessita de nada além de fé, boa vontade e atenção para com seus próprios atos, para consigo mesmo e com o próximo para se conectar com essa “força” que também pode ser denominada Deus.
A igualdade nunca vai existir pelo simples fato de sermos todos diferentes com anseios e aptidões diferentes. Precisamos aceitar isso e encontrar uma forma de nos apoiar mesmo não pensando ou agindo da mesma forma, criando espaço para que possamos encontrar e desenvolver as aptidões que hoje se encontram escondidas e oprimidas dentro da maioria de nós por um sistema de vida comprovadamente ultrapassado e cruel.
Mas voltando a tal da felicidade. Como encontrá-la? Eu vou confessar que ainda não a encontrei pessoalmente, mas desconfio que para encontrá-la precisarei que todos ou pelo menos uma parte significativa dos meus irmãos que habitam aqui nesse planeta terra, caminhem junto comigo, pois tenho a impressão de que sozinho, eu não vou ser recebido por ela. Utopias a parte, espero poder vê-los seguindo esse caminho o quanto antes e quem sabe um dia ela nos receberá…
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