Existe na nossa vida algumas poucas coisas que entendemos e um universo de coisa que foge a nossa compreensão. Para vivermos melhor precisaremos muito reconhecer que a partir do reconhecimento de nossa ignorância, pode estar o início da caminhada para sabedoria.
Cada ato nosso tem o poder de reverberar para o mundo uma frequência vibracional que afeta primeiramente a nós mesmos , mas também afeta a quem está no entorno onde a ação é feita.
É impressionante, quando percebemos com a nossa consciência o quão somos vulneráveis e influenciados por ações e sentimentos que não são nossos durante o nosso dia a dia, semanas, meses e anos de nossas vida.
Atos positivos e negativos nossos e das pessoas ao nosso redor, tem a capacidade de mudar por completo nosso estado de espirito para melhor ou pior dependendo do tipo de ação e sentimentos que emanamos ou recebemos. É incrível percebermos que podemos estar num dia muito tranquilo e de repente passarmos por uma pessoa que de repente nos xinga e numa fração de segundos nossa energia cai por completo e a paz de um segundo atras vira raiva…
O contrário também ocorre quando estamos vivendo algum dos momentos de dificuldade que a vida coloca diante de nós, sem saber para onde ir e o que fazer e aparece uma pessoa iluminada em nossas vidas para nos estender as mãos…
Penso que em dias como esses que estamos vivendo, precisamos tomar muito cuidado com o tipo de sentimento que cultivamos dentro de nós. Falo cultivamos porquê durante o nosso dia a dia, convivemos com todos os tipos de sentimentos que variam de acordo com as situações que vamos vivendo, mas os que cultivamos são aqueles que estaremos alimentando e deixando-o habitar em nós.
Não são poucas as situações em nossas vidas em que nos deparamos com pessoas que nos agridem, desejam nosso mal, ou simplesmente nos causam grande desconforto. A forma como vamos reagir a isso determinará se entraremos nessa mesma frequência ou se manteremos um padrão de vibração mais elevado, não nos deixando afetar.
Os Sentimentos gerados por atos, são contagiosos tanto para o bem como para o mal. Precisamos escolher que tipo de sementes queremos plantar, regar e deixar crescer.
Dentro de nós quando acordamos, a cada novo dia , somos tomados por uma série de sentimentos que dependendo do momento em que estamos passando em nossas vidas, pode nos colocar de pé rapidamente com entusiasmo mas que também pode nos dar aquela vontade de não sair do lugar, não querer enfrentar a nossa própria vida. Como controlar isso?
Dominar nossos sentimentos e consequentemente nossas frequências pode parecer algo muito difícil quando estamos dominados por maus pensamentos , eles determinam de que maneira vamos enfrentar nossos obstáculos diários de nossas vidas e consequentemente como vamos passar por eles ou não…
Num mundo onde a matéria ainda tem um valor mais alto que as próprias vidas, precisamos tomar muito cuidado conosco, pois é muito fácil se perder tentando agradar os outros e não prestando atenção em quem você realmente é. Se afastar de si mesmo é o primeiro passo para que os maus pensamentos possam penetrar na sua mente, quando nos conhecemos e nos respeitamos fica muito mais difícil que eles possam penetrar e consequentemente te dominar.
O mundo competitivo nos faz se comparar uns com os outros o tempo todo nos criando a ilusão de que podemos ser melhores ou piores que alguém e não a toa hoje temos na depressão um dos maiores males de nossa época.
Para mudar esse quadro precisamos muito aprender quem somos, isso infelizmente ainda não nos é ensinado na escola, mas a partir do momento em que conhecemos e lidamos bem com nossas qualidades e defeitos, podemos de fato ter o caminho para vivermos melhor dentro desse complexo contexto criado por nós mesmos, livres de pensamentos que baixem nossas frequências e consequentemente nosso animo.
Temos todos dentro de nós sombra e luz, escolher o lado que queremos seguir passa por uma profunda vontade de se encontrar e melhorar um pouco a cada dia, prestando atenção nos reflexos que nossos pensamentos e atos tem na nossa vida e no entorno dela.
A oração é em todas as religiões um caminho para se conectar com a sua própria fé. Cada um tem dentro de si uma forma de fazer essa conexão e isso independe de qualquer crença, religião ou mesmo falta delas. Sempre temos dentro de nós uma forma de nos comunicarmos com esse lado misterioso e invisível da vida. Uma ferramenta que está ao acesso de todos, sem distinção. Deixo a minha aos seus pés…
Dentro do lar
É o lugar aonde estou, e vou ficar
Sem mais saber, quando sair vida a mudar
E o que passou, não volta mais
E o que vier, eu também vou
Quem parceber, pode virar a chave já
Amém, a quem puder perdoar
Doença que vem, pra nos curar
A dor também, vem pra mostrar
Que já não da, pra não pensar
Em quem não tem, o que comer
Como vai ser? O amanhã , que vai chegar
Não sei dizer, acreditar
Pra quem quiser, pegar o trem pro que virá
Vivemos numa era em que a palavra conexão esta em voga, acho que nunca ouvimos tanto essa palavra em nosso vocabulário. Estamos vivendo uma fase em que não podemos nos desconectar das informações, das mídias sociais , das redes de relacionamento, … mas será que estamos conectados com o que realmente importa? Será que dentro desse contexto de multi informações e velocidade de acontecimentos, estamos tendo tempo de refletir sobre a forma como estamos lidando com isso tudo?
Nós podemos ter conexões em diversas esferas da nossa vida e essa escolha onde nos “plugar” está em nossas mãos teoricamente, apesar de sofrer muita interferência do meio que vivemos. Portanto tendo a acreditar que a primeira e mais importante conexão que podemos fazer é conosco. Se aceitar, se respeitar, se entender e se amar é entre outras coisas abrir o seu portal para uma conexão melhor com tudo relacionado a vida de uma forma geral.
Não somos ensinados a ter uma relação profunda com a natureza e os seus mistérios e forças, mas para qualquer um de nós é possível sim sentir o pulsar da energia que rege esse planeta e que consequentemente estamos , uns mais outros menos, conectados a essa gigantesca forma viva que faz tudo aquilo que vemos ou sentimos, mover-se. Dento de nós também há um micro universo e voltando ao parágrafo anterior, nos conhecer pode facilitar muito a nossa relação com nosso micro universo e facilitar nossa conexão com o macro.
É muito instigante pensar que todos temos uma formação biológica muito parecida, nosso sangue tem a mesma cor, mas somos TODOS muito diferentes na aparência , e nossos corpos reagem muitas vezes de forma diferentes a tratamentos médicos, terapêuticos, situações , entre outras coisas.
Penso que ninguém duvida mais que nosso planeta precise de um novo rumo, a melhor forma que podemos ajudar nesse processo é primeiramente nos ajudando, nos tornando pessoas melhores e mais conscientes daquilo que fazemos e percebendo os reflexos em nossas vidas e ao nosso redor. Conectar-se para se conectar com o que realmente importa!
Não somos o que somos como sociedade a toa, a construção do mundo em que vivemos levou muitos séculos para nos trazer até aqui. A lei dos mais fortes sempre prevaleceu por essas pequenas bandas de cá, nossa história é construída por domínios, guerras, e um desejo enorme de demonstrar superioridade, e isso nos afeta um tanto a nossa individualidade, bem como a nossa coletividade.
Uma boa parte de nossa formação, vem do meio em que vivemos, ter nossas escolhas associadas a pensamentos coletivos é algo comum acredito na imensa maioria de nossas vidas. Dentro desse conceito, olhando a forma como temos vivido a nossa história, não é de se estranhar que cheguemos a essa altura do campeonato muito divididos.
Somos divididos por países, cores, classes, gêneros, religiões e por ai vai… e tolerar as diferenças, melhor seria aprender com elas, não é algo que esteja presente na nossa formação básica. Na maioria das vezes, ficamos tão presos dentro dos nossos próprios pontos de vista, que simplesmente ficamos cegos para toda e qualquer visão divergente da nossa. Seguimos divididos!
Olhando para o tamanho do que está sobre nossas cabeças, percebendo nosso tamanho em relação a grandeza e a complexidade desse gigantesco sistema do qual fazemos parte, talvez percebamos o quão pequenas sejam nossas diferenças diante da grandeza de termos a oportunidade de estarmos aqui , juntos ao mesmos tempo.
Apesar se sermos muito diferentes por fora, por dentro somos muito parecidos no que diz respeito a nossa formação biológica e estamos muito mais muito necessitados de nos compreendermos melhor.
Nos libertar desses conceitos que estão dentro de nós pelos séculos de pensamentos coletivos leva muito tempo, muito mais do que desejaríamos , mas é fato que apesar de vivermos um momento de muitas tensões , estamos sim avançando para uma consciência coletiva melhor. Perceber que toda e qualquer divisão não contribui para que possamos atingir nossa melhor versão como indivíduos e sociedade pode nos dar a oportunidade de acelerar as mudanças que precisamos fazer para almejar tempos melhores.
Minha mente é minha liberdade, mas dependendo da forma como eu a utilize ela pode se tornar minha prisão.
Não importa onde esteja nem como esteja, mas importa muito o que estou sentindo e vibrando independente do lugar e da situação em que esteja. Posso estar de férias viajando e ter uma atitude negativa, como posso estar em situação de vida ou morte e ter positividade. Isso vai depender da atitude que tenho perante as situações que a vida coloca diante de mim.
A escolha de como enxergamos a situação que está diante de nós é única e exclusivamente nossa, ela irá certamente influenciar a sua vida, bem como a vida das pessoas que participam do seu entorno, por isso devemos ter muito cuidado com nosso “mindset” pois ele pode ser determinante para a nossa saúde física e mental, além de poder contribuir positiva ou negativamente para outras pessoas ao nosso lado.
Carregamos conosco, registros e conceitos que não são nossos, mas que estão de tal forma entranhados na nossa compreensão da vida que não percebemos que eles podem e devem ser modificados e sim deletados ou simplesmente transmutados do nosso sistema de entendimento da vida, para que possamos com isso ganhar pluralidade na nossa capacidade de enxergar as situações.
Estamos num momento em que nunca foi tão importante buscar outros pontos de vista, tentar se colocar no lugar do próximo e ter a capacidade de compreender aquilo que ele enxerga. Tolerância com as diferenças já não basta, precisamos sim é aprender com elas e ter a capacidade de tirar o melhor que cada um pode dar.
Mas para isso, não podemos fechar as portas da nossa mente as mudanças, não podemos estar trancados dentro de uma fortaleza mental que não nos permite enxergar além daquilo que não queremos ver…
Queremos ser felizes ou estar certos? Termino citando Raul: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
De repente a vida coloca diante de nós, uma situação em que todos nós perdemos, todos nós ficamos inseguros, todos nós temos dúvidas, e ninguém sabe onde isso vai chegar…
Será que isso ocorre por acaso? Ou será que não é de hoje que merecemos uma lição mais profunda?
Há muitos séculos temos vivido como donos absolutos desse planeta que julgamos ser nosso, em nenhum momento percebemos o quão pequeno ele é em relação a grandeza universal. Nossa ganância e desejo de possuir, conquistar e ser melhor que nossos irmãos produziram uma sociedade tão doente que precisamos de uma doença para nos trazer a quietude do nosso lar, nos fazer sentir falda das coisas mais elementares como um encontro ou um abraço ou simplesmente sair de casa e olhar pro céu… isso entre muitas outras coisas!
O que será que temos a aprender com isso? Será que desta vez a dor de perdas que estão vindo e virão mais nos fará perceber a necessidade de mudanças que urge em nossas vidas e também na de nosso planeta?
Eu sou sempre otimista, mas acho que precisaremos muito uns dos outros se quisermos ter a oportunidade de continuar trilhando nossa história nesse lindo planeta que nos foi dado para habitar.
Somos muito frágeis e pequenos diante da grandeza universal, e para nossa Mãe natureza se regenerar não precisa muito, basta nos expelir daqui que em pouco tempo tudo estará limpo novamente.
Mas como boa Mãe que é, está sempre dando uma nova chance aos seus filhos, e cabe a nós aproveita-la ou não…
As inúmeras diferenças que existem entre nós, não nos livra da morte nem de doenças, nem mesmo de sofrimento. Precisamos urgentemente entender que elas estão aqui para que possamos aprender uns com os outros, e não recriminar nossos irmãos por serem diferentes. Só assim poderemos chegar mais perto do Amor, pois ele não está restrito a aquilo que julgamos possuir, é preciso ir além para descobrir que o melhor pode estar por vir!
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